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Foto do escritorAssessoria de Comunicação

EAJ é premiada na 1ª Feira de Ciências e Mostras Científicas do ISD

A programação do evento contou com experimentos e jogos com foco na ciência, além da apresentação de trabalhos sobre temas científicos


Estudantes da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ/UFRN) foram premiados na 1ª Feira de Ciências e Mostras Científicas do Instituto Santos Dumont (ISD), na unidade do Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra.



Ana Júlia Santos, do 3° ano do curso técnico em Aquicultura, conquistou o prêmio Trabalho Destaque com o Sinensi, aplicativo mobile voltado para o desenvolvimento das funções executivas de crianças com TDAH, trazendo a alternativa da realidade virtual como uma possibilidade para o desenvolvimento dessas crianças. A iniciativa também visa levar informações sobre o tema para diversas famílias brasileiras, além de alcançar professores e profissionais da psicologia e da neurociência.


A jovem ficou no 1° lugar geral, como o melhor trabalho apresentado no primeiro dia do evento, ganhando um troféu e um certificado. "Como o trabalho é diretamente voltado para a área da saúde, apresentá-lo no ISD foi a realização de um sonho para mim. Eu ainda nem consigo acreditar em tudo que aconteceu, em todos os profissionais que eu conheci e em toda a inspiração que eu tive, foi um momento único e incrível para a minha trajetória como jovem cientista. Agora, toda vez eu fico pensando 'sério mesmo que eu apresentei um trabalho para os melhores profissionais de neurociências do Brasil?'", comenta a estudante sobre a apresentação na Feira.


A aluna também fala sobre a participação no evento e representatividade. "A experiência de apresentar o projeto no ISD foi algo incrível para mim, porque eu nunca achei que teria a possibilidade de apresentar algo lá e de ter acesso a diversos conhecimentos que serão imprescindíveis para o meu crescimento como jovem pesquisadora. Além disso, durante o evento, eu também ministrei um minicurso sobre tecnologia para alunos do ensino médio que estavam participando da Feira. Esse momento também foi muito significativo para mim. Por ser uma menina na tecnologia, eu fico muito feliz com tudo que aconteceu, porque, por muitas vezes, diversas meninas escutam que não são capazes de estudar tecnologia, que não é possível. Mas eu espero que com a minha experiência, eu consiga mostrar que não é impossível e que sim, mulheres também podem seguir na área da tecnologia", elucida Ana Júlia.


Conquistando o 3° lugar na modalidade Melhor Apresentação, os estudantes Caio Henrique, Jonas Ribeiro e Vanzhayon Sousa, do curso técnico em Informática, apresentaram o MandacaruBot. O projeto de extensão foi idealizado a partir da observação de que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Rio Grande do Norte (RN) está abaixo do ideal, e um dos fatores é a falta de práticas e da comunicação das matérias entre si. O projeto surge com o objetivo de juntar robótica e educação, na tentativa de mudar a forma de ensino no RN. Além dos alunos, Maria Eduarda e Laiza Camilly, participantes da 2ª edição do curso de Robótica realizado pelo MandacaruBot, também estiveram na Feira falando sobre o que aprenderam e apresentaram o robô anticolisão desenvolvido por elas.


Caio Henrique fala um pouco sobre a participação na Feira do ISD e a conquista do pódio. "Falamos sobre os cursos que o MandacaruBot desenvolve, como o de Introdução à Robótica, Impressão e Modelagem 3D, e o de sBotics. Nós falamos também sobre futuras edições e sobre a aula de arduíno que tivemos a oportunidade de ministrar aos alunos de Lagoa de Pedras", comenta o estudante. "Acho que posso falar por todos que foi muito bom. Poder mostrar algo que você está desenvolvendo com muito carinho e atenção para os outros é realmente gratificante, e ter nossa apresentação premiada mostra que todo nosso esforço está valendo a pena", finaliza.


Vitor Carvalho, aluno do curso técnico em Informática, também participou do evento com o AlarmAux, alarme para auxiliar cuidadores de idosos portadores de Alzheimer com o objetivo de evitar acidentes que sejam prejudiciais à saúde, proporcionando melhor qualidade de vida ao cuidador e às pessoas que convivem com o idoso. Na Modalidade Estande, o aluno mostrou para estudantes visitantes e avaliadores o funcionamento do alarme em um formato prático, deixando visível a sua relevância social.


"O desenvolvimento do projeto teve início no ano de 2020, a partir de minha realidade familiar, tendo em vista que durante esse período minha avó passou a conviver conosco. Foi quando passamos a observar que ela levantava de forma recorrente durante a noite, algo que nos preocupava seriamente, já que ela poderia sofrer algum acidente que prejudicasse sua saúde e fosse necessário maiores cuidados médicos. Desse modo, desenvolvi o projeto que consiste em um sistema eletrônico integrado à um aplicativo via comunicação Bluetooth, para poder auxiliar minha família e evitar que minha avó sofresse algum tipo de acidente, e contribuir para que meus pais pudessem ficar tranquilos durante a noite. Caso ela levantasse, eles seriam alertados", explica o aluno sobre o desenvolvimento do trabalho.


Vitor ressalta a importância do desenvolvimento de projetos como esse e da inserção de jovens na ciência e tecnologia. "Esse trabalho é importante para auxiliar idosos portadores de Alzheimer e seus cuidadores, além de poder ser utilizado em outros contextos em que seja necessário o monitoramento do idoso para evitar quedas. Entretanto, ele também é uma forma de mostrar para jovens estudantes como eles podem se inserir na tecnologia e na ciência. Independente da sua idade, é possível contribuir para a sociedade por meio da tecnologia. Desenvolvi esse projeto inicialmente com 15 anos de idade. Isso é uma forma de mostrar como a ciência é feita por pessoas de todas as idades, sejam elas meninas ou meninos. É uma ótima experiência para a formação pessoal e educacional do indivíduo como estudante e como cidadão. Esta é uma forma de mostrar que a ciência não é realizada por gênios, mas sim por pessoas comuns de todas as idades. É uma oportunidade de incentivar que novos alunos busquem oportunidades e se insiram em projetos científicos, pois são ações como estas que transformam a vida das pessoas através da ciência e da educação", finaliza.

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