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Foto do escritorAssessoria de Comunicação

Teatro Universitário (UFMG) pensa o futuro do planeta no pós-pandemia

Atualizado: 17 de mar. de 2022

O espetáculo GOLD pensa sobre as múltiplas contradições sobre a Terra, em temporada que marca o retorno presencial dos espetáculos de formatura do T.U., as sessões acontecem ao longo do mês de março


Há exatos dois anos, a UFMG se preparava para a suspensão de suas aulas presenciais. Uma pandemia, milhares de perdas, o mundo em alerta. Jamais imaginava-se que tantas pessoas pudessem estar em conjunto (mesmo que à distância) vivenciando um evento histórico de tamanha proporção. As crises bateram à porta e, de mãos dadas, cultura e educação seguiram se reinventando para superar as dificuldades desse período — “dificuldades desse período”, irmãs dos chamados “obstáculos da pandemia”, compõem os vigentes bordões do biênio. Apesar dos pesares — outro conhecido bordão —, a retomada híbrida das atividades acadêmicas, iniciada no segundo semestre do ano passado, trouxe o vislumbre de novos dias. Para os alunos formandos do Teatro Universitário, a chegada de uma faísca que acenderia clarões pelos caminhos. Mas quais caminhos, exatamente?


GOLD, espetáculo de formatura do T.U. com elenco composto por 4 atuantes, trata-se do espaço-tempo: daquilo que nos deixaram, daquilo que está em nossas mãos e daquilo que temos a dar enquanto habitantes da terra-mãe, potente, feminina, cujas imprudentes exploração e destruição avançam. Com texto construído coletivamente, a partir das inquietações dos atuantes, da direção e da dramaturgia, o espetáculo aponta dicotomias urgentes: preservar, ou destruir? Semear, ou desmatar? É oito, ou oitenta: se não for agora, nunca mais será.


O processo é descrito como intenso por aqueles que o integram, visto pelos percalços referentes à redução da carga horária de aulas e, consequentemente, da redução dos encontros, bem como os imprevistos de circulação pela cidade e o receio de contágio pela COVID-19. A liberdade de criação, lado a lado à responsabilidade dos quatro atuantes-formandes (Ana Luisa Cosse, Fernando Dornas, Tai Pimenta e Victor Velloso) em erguer uma montagem foi sustentada por uma equipe de profissionais em grande número, sob a coordenação do professor Tarcísio Ramos, sendo esta uma das vantagens de se experienciar a seriedade do trabalho cênico-teatral em uma instituição de ensino.


O desejo do reencontro com o público após a realização de uma primeira formatura virtual em 2021 inaugura, também, as celebrações dos 70 anos de surgimento do Teatro Universitário em Belo Horizonte. A escola, fundada em 1952, era tida em seus primórdios como uma plataforma de realização de montagens na capital. Não entendia-se, à época, que a ânsia daqueles que a originaram era de proporcionar uma formação efetiva para os atores daquela geração (que atuavam pelo puro ímpeto do fazer artístico), bem como para as gerações que viriam adiante. As portas foram abertas e, em mais um ano, aqueles que por elas entraram semeiam as terras por onde pisam ao sair.



Sinopse

Tem no planeta, na terra, no chão das cidades e das florestas a inspiração para sua criação. O espetáculo joga luz sobre vários pontos de vista, humores, situações e texturas desta terra que habitamos. Ao perguntar se “há um futuro possível para o planeta e seus viventes?”, GOLD passa a confrontar a beleza, o silêncio, a vida sem hierarquias e a sacralidade da terra com sua exploração, violação, ambição e destruição. Outras perguntas permearam o processo criativo: “de quem é a culpa do caos que vem se instalando (crise climática, o desmatamento, o excesso de carros)?”, “queremos ficar nesse mundo ou ir de encontro a outro?”. Por fim, existe alguma esperança que nos motive a acreditar em uma regeneração planetária? Dentre tantas perguntas, cabe agora, aos bem vindos espectadores, responderem e refletirem a partir da proposta sobre a preservação do chão que vivemos e que nos alimenta.





Teatro Universitário

Prestes a completar 70 anos de existência em 2022, o Teatro Universitário da UFMG tem oferecido para artistas de Minas Gerais — e do país — o seu curso de formação profissional em teatro, exercendo importante influência no cenário artístico e cultural desde a década de 50. A escola também desenvolve importantes projetos de pesquisa e de extensão na Universidade. O curso técnico em teatro, atualmente, tem duração de três anos, e se encerra com a realização de um espetáculo teatral.



Serviço

GOLD

Quando: 10 a 27 de março, de quinta a domingo

Horários: 20h

Classificação: LIVRE

Onde: Funarte (MG) — Rua Januária, nº 68, Centro, Belo Horizonte

Entrada franca: retirada de ingressos uma hora antes. Vagas limitadas (sujeito a lotação)


* Uso de máscara obrigatório e a Funarte segue os protocolos vigentes da Prefeitura de Belo Horizonte.



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